segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Demagogia à solta

Não estivéssemos nós em ano de todas as eleições, e não se sentiria já um frenesim entre os nossos políticos a ver o que é que cada um anda a dizer para de seguida alguém vir contradizer e afirmar que fará muito melhor.
É velos. Uns que pareciam ter hibernado aparecem agora com uma vitalidade e um sem número de propostas. Convocando congressos para voltar a dizer o mesmo de sempre, e terem os apoiantes crónicos que só sabem dizer que sim, mas não sabem porquê. Mas também lá estão os opositores de peito, que depois de se insultarem uns aos outros, conseguem engolir alguns sapos, e por magia lançar cá para fora ideias brilhantes e salvadoras como se tivessem caído do céu ou sido tiradas de uma qualquer bolsa de um mágico. Todos aplaudem, os médias da cor dizem maravilhas. E está tudo preparado para mais uma campanha, onde se vai dizer as maiores barbaridades, como se os que estão a ouvir fossem débeis mentais.
Outros vêm nos dizer tudo completamente diferente, daquilo que estão a fazer. Que agora é que é, vai haver tudo para todos, que as pessoas não se precisam de preocupar porque se lhes derem o voto, e principalmente a maioria, sim porque só com a maioria é que eles podem fazer o que estão a prometer. Deixa de haver desemprego, as reformas vão subir, os juros vão baixar, vai haver mais hospitais, deixa de haver inflação, vão construir mais escolas.
Mas também há aqueles que oferencem prendas a quem votar neles, e dão grandes banquetes com comida para todos sem pagar, e se for preciso num comício no Minho vêm ao Algarve buscar pessoas para no outro dia dizerem que tinham muito mais pessoas no comício que os seus adversários.
É assim vale tudo e infelizmente lá vai o zé povinho votar como se tivesse a apoiar o clube do seu coração.

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