quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mais um que não deixa saudades

Está a terminar mais um ano e a nossa democracia continua em banho maria para a maioria dos portugueses.
A nossa justiça está ao serviço dos poderosos que podem pagar a grandes grupos de advogados que dominam todos os instrumentos judiciários de que as leis estão repletos em sua defesa. Os processos Casa Pia, Freeport, Face Oculta e outros são a demonstração do descrédito a justiça chegou, e uma vergonha para uma classe que devia merecer o máximo de respeito de todos os cidadãos.
A nossa classe política está cada vez mais interessada em defender a eternização dos seus cargos, lançando-se em ferozes lutas pela sua manutenção, esquecendo-se dos reais problemas do país e dos portugueses.
O povo está envolvido numa crise económica sem nenhuma perspectiva de solução dos problemas estruturais da mesma, e onde os pobres ficam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos.
A maioria dos portugueses são tratados como marionetas, que a classe política maneja a seu belo prazer, com a ajuda de uma classe de jornalistas a pensar principalmente no seu ordenado.
A Constituição Portuguesa não passa de um conjunto de leis que ninguém respeita.
O ano de 2009 foi um dos piores de sempre e infelizmente as perspectivas para o próximo não são as melhores se os nossos políticos continuarem nesta senda de demagogia e falta de dignidade política pelos portugueses.

Contos Marafados

A natureza e o homem
Os dias continuam escuros, como se o sol sofresse de alguma maleita, que o impedisse de criar o calor suficiente para ter a força necessária, de forma a ultrapassar a barreira de nuvens negras e enormes com formas ameaçadoras de quem vai querer devastar tudo por onde passar, fazendo-se ouvir de uma maneira intimidatória com o ribombar dos trovões que estremecem todos os vidro à sua volta, e os não menos tremendos relâmpagos que fazem da noite dia acompanhados de raios que electrificam todo o céu como se o tivessem a chicoteá-lo castigado-o com a sua raiva. A chuva não faz tréguas e continua na sua desenfreada luta para dilacerar a terra levando tudo à sua frente não deixando que alguém lhe possa fazer frente, numa atitude de força imparável, que só irá dar algum descanso depois da sua passagem. E o vento sentindo que a sua natureza ficaria diminuída com tão grande devastação dos seus pares, sopra como se os céus tivessem rebentado e vai derrubando tudo o que ainda se ia mantendo em pé.
As águas correr por todo o lado, alagando campos, tapando estradas, inundando ruas e casas, entrando por portas e saindo por janelas levando consigo todo o recheio dos seus interiores, fazendo com que os seus ocupantes tenham que subir para os telhados ou tentem agarrar algo que os impeçam de serem levados na fúria das torrentes de água, lama, pedras e paus, que por onde vão passando deixam as suas marcas de destruição.
As árvores são arrancadas dos solos onde criaram grossas raízes que agora parecem não ter nenhuma força para as suster de pé, e são arrastadas como se de folhas de papel se tratassem.
Os postos de electricidade são derrubados provocando alguns pequenos focos de incêndios e criando uma escuridão tremenda que vem agravar todos os esforços daqueles que ainda têm alguma força para tentar salvar os seus bens e famílias.
As ruas ficam cheias de água, lamas, amontoados de carros, sofás e electrodomésticos, tapando portas e janelas impedindo salvamentos e houvesse por todo o lado pedidos desesperados de ajuda, que na maior parte dos casos não são possíveis de terem sucesso.
E os homens ficam incapazes de lutar perante uma tão grande desigualdade, que é posta em toda a sua evidência na mais brutal demonstração de força da natureza.

Fotos Marafadas













quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Para nunca esquecer












Para nunca esquecer o que estes homens e muitos outros que aqui não estão fizeram aos seres humanos que o único crime que cometeram foi pensarem por eles próprios.



Fotos Marafadas


Quem serão os mais felizes, nós ou eles?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

50 anos de Metro

O Metro de Lisboa começou a ser pensado em 1888, por um engenheiro militar de seu nome Henrique de Lima e Cunha. Mais tarde nos anos de 1923 e 1924, foram apresentados projectos mas ambos foram rejeitados. Em 1948 foi constituída uma sociedade para o estudo da viabilidade técnica e económica, e as obras iniciaram-se em 1955, passados quatro anos a 29 de Dezembro de 1959 o Metro foi finalmente inaugurado. Os anos de 80 e 90 são anos de grande expansão e modernização das suas estações. Esta é uma obra que depois de ser pensada e até ser executada em toda a sua plenitude passou por várias gerações, é este o nosso fado. Portugal pensado em pequeno ou por medíocres.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A Terra também morre

A reunião de Copenhaga onde se juntou as principais figuras de todo o mundo. Com o objectivo de criarem um acordo que ponha termo às emissões de gazes para a atmosfera. Que estão provocando o efeito de estufa, originando assim grandes alterações no clima e provocando enorme destruição e sofrimento em várias partes do mundo.
Demonstraram que são capazes de criar fabulosas construções que se imaginava não serem possíveis de realizar, desvendam alguns segredos do universo e fazem descobertas que deixam o mundo de boca aberta com tão grande conhecimento sobre variadíssimos assuntos. Mas não são capazes de olhar para o mundo em que vivemos a um prazo que ultrapasse a sua perspectiva de vida e desta forma mostram a sua falta de respeito pela população mundial e por aqueles que vão ter de cá viver depois deles morrerem. O homem de hoje está a levar este planeta para a sua destruição progressiva porque o seu egoísmo o leva a pensar só em si e nos seus bens que adoram acima de tudo, pretendendo sempre conseguir mais e mais mesmo que não consigam dai tirar disso algum beneficio.
O maior perigo desta situação é que não são só aqueles que muito têm mas também aqueles que nada têm a perder que encolhem os ombros e nada fazem para pressionar os governos a mudar as suas orientações políticas sobre estes assuntos.
Esperemos que no dia em que estejam dispostos a alterar esta situação não seja tarde de mais.

Fotos Mrafadas

Porta-aviões USS Nimitz



Ponte Akashi Kaikyo Japão



Edifício Burj Dubai








Escolhas do Marafado



Superficie do Sol

National Geografhic Channel








Formação de um buraco negro depois da colisão de uma estrela de neutrões
National Geographic Channel










































































































































































































































































































































































































domingo, 27 de dezembro de 2009

O regresso do Marafado

Tinha decidido não voltar a escrever mais neste blog assim que começou a campanha eleitoral passada. Foram três terríveis campanhas cheias de tudo o que há de pior na política: desinformação, desonestidade, atingir objectivos a qualquer custo e pôr em segundo plano as necessidades mais prementes de que o povo necessitava para saber com toda a verdade quem o estava a defender sem falsidades.
O resultado de toda essa desinformação está agora à vista com toda esta série de acusações e calunias sem que o povo consiga ver com clareza quem está a defender os seus verdadeiros interesses e necessidades.
Mas com tudo o que se tem dito nesta época natalícia e toda a demagogia que todos os sectores da sociedade e partidos têm lançado cá para fora sobre as dificuldades do povo e a miséria dos sem abrigo. Não me consigo deixar ficado calado e nada dizer sobre toda esta hipocrisia.
Criam grandes momentos de profunda solidariedade com uma corrida para ver quem consegue apresentar o maior banquete ou a melhor reportagem com os sofrimentos e as amarguras daqueles que tudo perderam e que a sociedade deixou de contar com eles.
Sem nunca alguém aparecer a apresentar fosse o que fosse para prevenir que, seres humanos que vivem numa sociedade tão desenvolvida e que ninguém seja capaz de criar medidas de forma a que estas situações não se vão continuamente repetindo como sendo uma situação normal, para sofrimento de muitos. E assim possam aparecer aqueles que dizem que estão muito preocupados com todos estes sofrimentos desta sociedade tão injusta, chorando lágrimas de crocodilo que infelizmente ainda vão enganando muita boa gente.
Mas se por ventura meia dúzia de grandes senhores lhes corre mal as suas grandes negociatas ai esta o estado grande protector daqueles infelizes e aparece logo dinheiro de um dia para o outro como nos contos de fadas e o Zé povinho a ter de ver isto tudo.
Não sei se disse muita asneira ou algumas verdades mas disse o que me vai na alma e o que sinto nesta vida marafada.